DEFESAS
RESUMO

 

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DA REDOMA À FIGUEIRA: SYLVIA PLATH E O ABISMO DO EU

 

Lara Luiza Oliveira Amaral

laraluizaoliveira@gmail.com

 

 

Esta dissertação tem como objetivo demonstrar de que forma a angústia da narradora protagonista Esther Greenwood se traduz na realização estética do romance The Bell Jar (1963), de Sylvia Plath. Dando atenção especial às duas principais metáforas propostas no romance – a figueira e a redoma –, analisamos sua função na composição do romance e sua relação com o sentimento de angústia da personagem. Tal sentimento desencadeia uma relação de intimidade com o suicídio, demonstrando como a necessidade de dar fim à própria vida atua simultaneamente como um estímulo à criação literária e, no sentido oposto, como um processo autodestrutivo. A dissertação será dividida em três capítulos: o primeiro capítulo comporta discussões sobre memória e autobiografia; o segundo capítulo discutirá teorias da angústia e sua influência na narrativa; por fim, o último capítulo guarda a morte voluntária como resultado final da angústia. Para fundamentação teórica nos pautaremos, principalmente, nos estudos de: Lejeune (1975), Arfuch (2010), Kierkegaard (1844), Heidegger (1927), Alvarez (1972), Carvalho (2003), entre outros. O suicídio, um dos temas afluentes da angústia, ainda é considerado um tabu na sociedade e clama por novos estudos. Dessa forma, este trabalho se justifica por tratar de um tema ainda pouco estudado na academia, principalmente na vertente literária. Por isso, os resultados esperados relacionam-se à busca de uma nova visão sobre o suicídio e um estudo sobre sua influência na produção literária de Sylvia Plath. Além disso, ainda que bem representada no cânone americano, propomos uma nova leitura da obra plathiana e sua relação, tão tênue e delicada, com o autoaniquilamento – muitas vezes negado pela academia. Lady Lazarus, eu-lírico mais famoso da autora, renasce a cada nova tentativa. Com este estudo, ousamos dizer: “Estamos, aqui, renascendo Sylvia Plath, mais uma vez”.

 

Palavras-chave: angústia, suicídio, The Bell Jar, Sylvia Plath

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