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AS MÁSCARAS DA MODERNIDADE: UMA LEITURA DO SER E DO PODER NO ROMANCE A CAVERNA, DE JOSÉ SARAMAGO

 

Devalcir Leonardo

devalcirleonardo@pop.com.br

 

Neste trabalho, objetiva-se construir uma leitura analítico-interpretativa da obra A caverna (2000), de José Saramago, a partir da perspectiva crítico-literária, com base nas teorias de George Lukács, Ferenc Fehér, Michel Foucault e Martin Heidegger, fundamentalmente. Após uma recuperação teórica da vertente crítica escolhida, incluindo os elementos estruturais do gênero narrativo, aprofundam-se os conceitos filosóficos expostos na trama do romance, bem como, a alegoria da caverna de Platão, presente na obra, constituindo-se de um painel da existência humana na modernidade. Para dar conta de tal análise partiu-se do jogo de poder presente na obra, neste sentido, a disciplina se configura no romance A Caverna, na forma de vida que se tem no Centro, um local constantemente vigiado por guardas e por câmeras de vídeo. Nesse espaço, a teoria de Michel Foucault, em Vigiar e Punir (1987) evidencia as relações de poder exercidas por um instrumento que está a serviço do mercado e por meio do qual as pessoas são vigiadas, tornando-se dóceis e inofensivas para o sistema. Na temática do romance A Caverna, ocorre, portanto, a atualização do mito platônico e a descrição das sombras da sociedade capitalista por meio do consumo e da busca pela libertação dessa sociedade mediante a saída do Centro. Com o intuito de realizar uma leitura filosófica, utilizou-se a obra Ser e Tempo (2001), de Martin Heidegger, e sua reflexão existencial do homem moderno.

 

Palavras-chave: José Saramago; romance, leitura filosófica, autenticidade.