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O TRÁGICO EM ÉDIPO REI E LAVOURA ARCAICA: LEITURA CONTRASTIVA

 

Thais Regina Pinheiro Gimenes

prof.thaisgimenes@gmail.com

 

Este trabalho discute a presença de elementos trágicos nas obras Édipo Rei e Lavoura arcaica, bem como o sentido do trágico, à luz dos ensinamentos de Aristóteles, Jean-Pierre Vernant e Pierre Vidal-Naquet, Northrop Frye, Marlies K. Danzinger e W. Stacy Johnson, Emil Staiger, Albin Lesky e Junito de Souza Brandão, para citar alguns nomes. Para tanto, pesquisou-se o texto de Raduan Nassar, nas situações em que se podem verificar os aspectos configuradores do trágico, tais como foram apresentados no teatro grego: desmedida (hybris), erro trágico (hamartia), efeito catártico ou de purgação (kátharsis), inversão da situação da personagem (peripetéia), reconhecimento (anagnórisis) e catástrofe (sparagmós). Para o resultado prático dos objetivos desejados, desenvolvemos uma leitura contrastiva entre Édipo Rei, de Sófocles e Lavoura arcaica, de Raduan Nassar, pesquisando os elementos em que o sentido do trágico aproximam ou distanciam o discurso de Raduan do texto trágico de Sófocles. Fizemos uso do método comparativo, a partir dos conceitos de Wellek (1958) e Carvalhal (1986), entre outros; a prática metodológica implicou pressupostos da teoria da intertextualidade, ancorada nos conceitos de Julia Kristeva (1974), o texto visto como assimilação e réplica de outro(s), como um processo de reescrita. Resulta uma leitura diferenciada do romance de Raduan, ensejada por uma aproximação da fonte tradicional da tragédia clássica.

 

PALAVRAS-CHAVE: Édipo Rei, de Sófocles; Lavoura arcaica, de Raduan Nassar; Elementos trágicos; Intertextualidade.