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RESUMO

 

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RESUMO

 

DO FILME AO LIVRO: AS RELAÇÕES INTERTEXTUAIS ENTRE O FILMEO DIÁRIO DE BRIDGET JONES E O LIVRO ORGULHO E PRECONCEITO

 

Sônia Berveglieri

soniabervegliere@hotmail.com

 

Esta pesquisa realiza um estudo teórico-analítico do filme O diário de Bridget Jones e do livro Orgulho e Preconceito, visando a um movimento descritivo-interpretativo em que se trabalham as relações intertextuais entre duas composições textuais distintas. Para isso, reveem-se os conceitos referentes à noção de texto e aponta-se para novas formas de produzir sentido, considerando os aspectos multimodais do texto fílmico. Desse modo, este trabalho assinala para a possibilidade de se observar a intertextualidade entre textos de naturezas diferentes. Trata-se de analisar as relações intertextuais entre o filme e o livro, para observar quais elementos presentes no filme permitem ao espectador e leitor associar as obras, examinando-se suas semelhanças e diferenças. À luz das teorias do texto e de contribuições da teoria literária, bem como da linguagem cinematográfica, são possíveis notar, a partir dos operadores da narrativa, os efeitos de sentidos alcançados, em que semelhanças são mantidas quanto à fábula, à trama, às personagens, ao narrador, à focalização, ao tempo e ao espaço. No entanto, quando o foco volta-se para as protagonistas dos textos analisados, o efeito de sentido é outro. A mulher contemporânea, representada por Bridget Jones, é uma identidade em crise que vive os conflitos de sua época, e o tratamento cômico de suas características e ações a afasta da heroína romântica Elizabeth Bennet. Dessa forma, a composição da personagem mulher em O diário de Bridget Jones já não é a mesma de Orgulho e Preconceito – fazendo com que o filme se caracterize como uma paródia do livro –, porém, em sua essência, carrega ainda o desejo de encontrar o homem ideal.

PALAVRAS-CHAVE: Intertextualidade; Operadores da narrativa;  Paródia.

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