DEFESAS
RESUMO

 

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UM OLHAR PANORÂMICO SOBRE A MODERNIDADE E A PÓS-MODERNIDADE, NO ROMANCE A SANTA DO CABARÉ, DE MOACIR JAPIASSU

BATISTA, Sidinei Eduardo

sidneyeduardo@ibest.com.br

Muitos são os teóricos que dizem a favor ou contra a pós-modernidade, muitos são os autores e obras classificadas como pós-modernas, contudo encontrar um consenso em torno do assunto tem sido algo às margens da esquizofrenia, para usar um termo caro aos teóricos do período. A discussão tem se desenrolado abertamente entre duas extremidades: de um lado, aqueles que defendem a modernidade e não acreditam na existência da pós-modernidade; quando muito, admitem o período como um efeito colateral da própria modernidade. Do outro, os que defendem a pós-modernidade e creem ser ela um período autônomo em relação à modernidade; entendem que a modernidade se esgotou e por isso defendem um novo tempo com um novo modo de conceber e de analisar o mundo e a arte, e, portanto, a literatura. Alguns autores e obras renomadas pelo mundo afora, como Umberto Eco e seu romance O Nome da Rosa, por exemplo, são motivos de discórdia entre os extremos acima citados: requisitados por aqueles que acreditam e aclamam a pós-modernidade e também por aqueles que defendem a modernidade e que reclamam obra e autor para si. Por essas breves linhas, percebe-se a celeuma teórica que é impulsionada pelo assunto. Em torno desse debate e em busca de uma luz, em meio à querela, propomo-nos investigar uma obra pouco conhecida entre os leitores e a crítica brasileira. Acreditamos que ela seja um exemplo contundente e original da existência da pós-modernidade; estendemos a crença no desejo de que ela nos guie, fatalmente, a um passeio pelos bosques da literatura e da cultura brasileira. Adotamos como corpus de análise o romance A Santa do Cabaré, Cordel Pós-Moderno de Amor e Morte, de Moacir Japiassu, porque entendemos que ela é um exemplo para a nossa discussão acerca das limitações postas à pós-modernidade como um período artístico e literário com forma e existência próprias. Entretanto, não negamos a evidência de que a pós-modernidade não se desprende dos matizes da Modernidade.

 

Palavras-chave: Modernidade.  Pós-modernidade. Narrativa. Cânone Literário. A Santa do Cabaré. Moacir Japiassu

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