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A PERSONAGEM E A REPRESENTAÇÃO DE GRUPOS SOCIAIS NA NARRATIVA JUVENIL CONTEMPORÂNEA: 1999 – 2009

 

Rita de Cassia Lorga Carnielli

rclorga@hotmail.com

 

A pesquisa apresentada nesta dissertação tem como objetivo analisar a construção das personagens da literatura juvenil brasileira contemporânea, tendo em vista as representações sociais que são marcantes nesta vertente literária. A literatura infantil tem, em suas bases, paradigmas didatizantes e moralizantes, o que influenciou, ao longo do século XX, sobremaneira as produções ao público infantil e, também, ao público juvenil. A cultura burguesa dominante ditou as normas para a produção literária, excluindo hábitos culturais bem como segmentos inteiros da sociedade que não se encaixavam aos moldes pré-estabelecidos como adequados àquela sociedade. Diante das novas possibilidades socioeconômicas e da pluralidade cultural da nova sociedade brasileira, que faz a história do século XXI, analisou-se qual é a personagem que o leitor jovem e adolescente encontra na obra literária. Para realizarmos o presente estudo foi necessário compreender a formação da literatura infantil no Brasil, suas temáticas mais constantes, bem como a forma de construção de suas personagens no decorrer do século XX. Também foi imprescindível verificar a influência do mercado editorial no campo literário, as imposições feitas por aqueles que detêm os meios de produção e circulação da obra literária e, ainda, como são legitimadas e representadas as minorias na literatura brasileira contemporânea. Neste último aspecto foram essenciais as conclusões obtidas em outros trabalhos relativos à representação das minorias em literatura, as pesquisas de Dalcastagnè (2005), de Ferreira (2008) e de Rosemberg (1985). Tais estudos possibilitaram a análise em contraponto de como estão representados os vários segmentos da sociedade em nossa literatura juvenil. Foram analisadas 25 obras literárias voltadas ao público juvenil, em um total de 242 personagens. A metodologia utilizada foi quali-quantitativa, uma vez que, para uma real configuração da representação social das personagens, foi imprescindível a verificação quantitativa de cada aspecto analisado, para, assim, evitar-se o subjetivismo exacerbado na verificação de aspectos como a exclusão de afro-descendentes, amarelos, índios, homossexuais ou mesmo a discriminação contra as mulheres na literatura juvenil brasileira contemporânea.

 

Palavras-chave: literatura juvenil; personagem; representação social.