|
|
| RESUMO |
|
Dissertação completa - Arquivo PDF
O TEATRO DE CHICO BUARQUE EM TRÊS TEMPOS: RODA-VIVA, GOTA’DÁGUA E ÓPERA DO MALANDRO
Maria Elisa Dias Fraga elisa_dias@yahoo.com.br
Essa dissertação busca estudar o papel e o lugar do teatro de Chico Buarque pela análise de três peças que se enquadram no período de 1968 a 1978: Roda-Viva (1968), Gota d’água (1974) e Ópera do Malandro (1978), dando atenção especial para as diferenças entre elas, em termos temáticos e formais, dialogando com momentos históricos específicos. Para tanto, se fez necessário a divisão do texto em quatro capítulos. Em primeiro lugar, interessa estudar o desenvolvimento histórico que leva o teatro nacional a se modernizar tardiamente, para localizar o teatro de Chico Buarque no seu tempo e com quem ele dialoga. Isso posto, essa pesquisa discute, na peça Roda-Viva, a utilização da forma alegórica para fazer a crítica pelo distanciamento da produção de um ídolo nacional, remetendo também para a crítica da ditadura. No capítulo seguinte, iremos estudar o efeito crítico do lirismo presente na peça Gota d’água pela a revalorização da palavra, pelo estudo do espaço e pelas características épicas nas instâncias narrativas e pela personagem Egeu. Por fim, estudaremos a peça Ópera do Malandro que, com suas canções e instâncias narrativas de teor épico, impede o estabelecimento do palco ilusionista do teatro tradicional, numa análise crítica da sociedade brasileira à época da reabertura, uma leitura mais explicitamente brechtiana. Iremos nos valer das contribuições teóricas e críticas de autores como Brecht (1978), Costa (1996), Peixoto (1974, 1982), Betti (2013), Mostaço ( 2013), Rosenfeld (2002), Orlandi (2010), Borges Filho (2012), Dijk (2008), Willett (1967), Prado (1976), entre outros, que foram fundamentais para o desenvolvimento da pesquisa.
Palavras-chave: Chico Buarque; Teatro; Literatura e Sociedade.
|