DEFESAS
RESUMO

 

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PRÁTICAS DE LEITURA E BIBLIOTECA NO IMAGINÁRIO DE ADOLESCENTES DO ENSINO MÉDIO EM GUARAPUAVA-PR

 

Lucas Santos Macedo

lucassmacedo@yahoo.com.br

 

 

Este trabalho procurou identificar as representações de leitura e de bibliotecas no imaginário de estudantes do ensino médio do município de Guarapuava-PR. A pesquisa orientou-se pela Sociologia da Leitura, entendida como uma abordagem que possibilita o olhar sobre as práticas de leitura em relação aos espaços públicos de leitura e à realidade de modo geral fundamentando-se principalmente nas perspectivas de Escarpit (1974), Hauser (1977), Chartier (2009) e Monique Segré (2010). As representações de leitura e de bibliotecas são fatores determinantes para se pensar o ensino de literatura e a formação do leitor. Compreender o significado da leitura e o espaço por ela ocupado hoje na sociedade é condição básica para o planejamento de qualquer tipo de ação voltada para a promoção da leitura e a formação de leitores. Os objetivos foram verificar de que modo os problemas enfrentados na realidade das bibliotecas interferem nas representações de leitura e bibliotecas e comparar as representações da leitura entre usuários da biblioteca escolar com as de usuários da biblioteca pública municipal, a fim de perceber se o comprometimento com o processo ensino/aprendizagem (ou sua ausência) intervém nessa representação. Os resultados impossibilitaram essa comparação devido a certa homogeneização dos espaços, uma vez que a biblioteca pública se comporta, na realidade, como uma biblioteca escolar. Como parte integrante da análise dos dados, realizou-se uma leitura de alguns dados da pesquisa Retratos da Leitura no Brasil (3ª edição), a fim de investigar em que medida se relacionam à realidade local. Nesse quesito, os resultados obtidos mostraram que, em termos numéricos, a realidade de Guarapuava reproduz as estatísticas nacionais. Na caracterização das representações foi possível perceber que a leitura, no imaginário do público estudado, é vista simultaneamente como elo com a ficção (numa perspectiva recreativa e gratuita) e elo com a realidade (numa perspectiva utilitarista e instrutiva). As bibliotecas, por sua vez, estão ausentes do horizonte de muitos adolescentes; estes espaços aparecem quando se desloca da esfera do interesse para a esfera da obrigação. Entretanto, as bibliotecas, para muitos, continuam sendo uma alternativa viável para o contato com os livros, evitando a procura desorientada e os gastos.

 

Palavras-chave: Leitura; Bibliotecas; Escola; Sociologia da leitura.