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A NARRATIVA JUVENIL BRASILEIRA: ENTRE TEMAS E FORMAS, O FANTÁSTICO
RESUMO
É recente o olhar da crítica sobre o fantástico no específico juvenil na literatura. Considerando que, de modo geral, a criação literária dirigida diretamente à juventude é um fenômeno que remonta à segunda metade do século XX, o fantástico passa a se destacar nas produções literárias juvenis a partir desse período e continua fortemente até então. O que importa é a forma de apresentar o fantástico aos jovens leitores. Desse modo, nosso objetivo neste estudo é mostrar, por meio de uma análise intrínseca das narrativas juvenis, como o fantástico se manifesta na estrutura das dez narrativas que compõem o corpus selecionado, como tem sido apresentado aos jovens leitores brasileiros desde a década de 1970 até a atualidade. Com apoio dos estudos de Lajolo e Zilberman (1984), Eric Hobsbawm (1995), Groppo (2000) e Obiols (2002), discutimos sobre a juventude na contemporaneidade, fundamental para a compreensão de como se configura o subsistema literário denominado juvenil. E, com embasamento no referencial teórico do fantástico (Vax, 1965; Todorov, 1970; Bessière, 1974; Finné, 1980; Furtado, 1980; Ceserani, 2006), procuramos, por meio da análise das obras escolhidas, esclarecer como o fantástico se manifesta na narrativa juvenil contemporânea brasileira. Partimos da análise em três tendências ou linhas temáticas da narrativa juvenil, a saber, linha histórica e social, linha intimista e psicológica e a linha de terror e mistério. Ao serem produzidas, levando em conta os leitores e o contexto sociocultural em que transitam, as narrativas juvenis possuem tanto marcas formais quanto temáticas diversificadas. Ao longo desse panorama estudado, verificamos a existência de elementos que diferenciam as obras no que se refere ao fantástico. E isso está muito relacionado ao momento histórico social de produção, circulação e recepção das obras, pois as narrativas, em cada período/década, aproveitam elementos do fantástico para questionar a realidade, formar leitores, criticar motivos fantásticos e atualizá-los. Palavras-chave: Juventude; fantástico; narrativa juvenil; temas e formas . .
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