DEFESAS
RESUMO

 

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NEGOCIAÇÕES CULTURAIS EM WHITE TEEH (2000), DE ZADIE SMITH

Juliana Mara Rosado

juli_rosado@hotmail.com

 

O estudo de produções literárias tomou novos parâmetros com o desenvolvimento dos estudos culturais ao questionar a interação social que espelha a herança de subjugação às quais algumas culturas ainda estão, de alguma forma, submetidas. Considerando o retrato e denúncia que a literatura oferece ao leitor de um preconceito muitas vezes velado, o objetivo aqui é demonstrar a forma como as relações sociais entre culturas variadas se configuram permeadas por desigualdades entre o ambiente ‘branco’ e os imigrantes que convivem no território inglês na contemporaneidade. A presença contemporânea da variedade étnica é revisitada em teóricos como Hall (2003), bem como seus estudos sobre identidade contemporânea, enquanto a herança colonial sob os aspectos levantados por Gilroy (2001). Conceitos essenciais como os esclarecimentos de Ashcroft, Griffits e Tiffin (2000) embasam o desenvolvimento de vários âmbitos do multiculturalismo como define Heckmann (1993), dentre textos de sociologia e artigos que ilustram de forma mais ampla, além da literatura, os efeitos da presença de muitas culturas em um mesmo país. Uma análise do romance em questão se divide em estudos específicos das famílias da narrativa e a partir da identificação de características singulares de cada uma delas e a forma como negociam seus aspectos culturais com os de outras culturas. Resultados indicam a manutenção de relações de desigualdade valorativa no que se refere às culturas exógenas, enquanto a superioridade ‘branca’ é constantemente reafirmada perante a sociedade que recebe, mas não aceita, e menos ainda valoriza as etnias que também compõe a sociedade inglesa contemporânea.

PALAVRAS-CHAVE: multiculturalismo; diversidade étnica; contexto social.

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