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RESUMO |
Dissertação completa - Arquivo PDF
ENSINO DE LITERATURA E VESTIBULAR: Que leitor espera a Universidade Estadual de Maringá e o que recebe?
Juliana Alves Barbosa Menezes
O trabalho focaliza as provas de literatura do vestibular da Universidade Estadual de Maringá e o ensino de literatura, no ensino médio e nos cursos pré-vestibulares, objetiva investigar se há interação entre as expectativas de professores elaboradores dessas provas, as expectativas de professores e alunos de ensino médio e cursos pré-vestibulares e confrontá-las com o conhecimento exigido no vestibular da instituição, a partir da análise das provas de concursos vestibulares dos anos de 2004, 2005 e 2006. Para viabilizar a investigação, optamos pelo método qualitativo-quantitativo, cujo direcionamento se orientou por duas perspectivas, uma oficial e outra prática. A oficial, composta pela visão de ensino de literatura e de leitura propalada pela Universidade Estadual de Maringá, pelo Núcleo Regional de Ensino e pelos PCNs, foi construída a partir de questionários com professores elaboradores, entrevista com o representante do Núcleo de Educação de Maringá e análise de documentos, como: Manual do Elaborador, Manual do Revisor, Manual do Candidato, Parâmetros Curriculares Nacionais –PCNs; a prática, colhida por meio da aplicação de questionários a alunos e professores do ensino médio, de escolas públicas e privadas de Maringá, procurou detectar suas expectativas em relação ao ensino de literatura e de leitura. Com a pesquisa, desejávamos responder à questão: – Qual é o leitor de literatura esperado pelo vestibular da UEM e, na prática, o que temos? Para responder às nossas indagações, ancoramo-nos em aparato teórico da “Estética da Recepção”, na “Teoria do Efeito” e na “Sociologia da Leitura”. Os resultados de nossas análises apontam para um modelo de prova de vestibular que atende ao modelo de leitor gestado pelo ensino médio. A pesquisa, ainda que admitindo seus limites, abre espaço para novas pesquisas que respondam à necessidade de refletir e apontar concretamente sobre a possibilidade de modelos de provas que considerem outras leituras, que não apenas as canônicas, e que valorize, efetivamente, a leitura do texto literário. Somando-se a isso, abre espaço, também, para que pensemos nos sujeitos que devem agir, com vistas a quebrar o círculo de uma proposta de ensino que visa atender ao vestibular e de um vestibular que visa atender ao aluno de ensino médio.
Palavras-chave: Ensino de Literatura; Leitura; Exame Vestibular.
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