DEFESAS
RESUMO

 

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SILÊNCIO, SOMBRA E SOLIDÃO NA POESIA DE

SÉRGIO RUBENS SOSSÉLLACaixa de texto:  

 

                                                                                            Gersonita Elpídio dos Santos

gersonitaelpidio@hotmail.com 

O objetivo deste estudo é abordar os aspectos significativos presentes na poesia de Sérgio Rubens Sossélla, poeta paranaense contemporâneo, autor de vasta produção literária (quase 400 títulos), que utiliza, na maioria de seus poemas, raríssimos versos em cada página, registro fragmentário, pequenos parágrafos, observações, aforismos, diálogo com o mundo das artes, livros e poemas. O tema da pesquisa é analisar a poesia de Sossélla, em busca da caracterização de sua linguagem, partindo da antologia A Linguagem Prometida (2000), editada pela Imprensa Oficial do Paraná. Três esferas semânticas serão contempladas, constitutivas do universo poético de Sossélla: o silêncio, a sombra e a solidão. Em seguida, procurou-se destacar a contemporaneidade do autor, ao analisar o 3.º fragmento do livro A Nova Holanda (1989), escrito em prosa poética. Por fim, por meio de leitura analítica do poema volante Ninguém volta pra casa, apontar, de certa forma, o tema recorrente da poesia sosselleana: a morte. Pretende-se oferecer uma amostragem desse universo, sua obsessão pela arte, sua técnica e crítica e a poesia integrada na própria vida. As análises dos poemas selecionados foram feitas com base na crítica que aponta os elementos estruturais e as várias possibilidades de leitura da poesia moderna. O referencial teórico utilizado contribuiu para a leitura dessa produção tão diversificada. As obras Os cinco paradoxos da modernidade (1999), de Compagnon, bem como as reflexões propostas por Berman (1986); O estudo analítico do poema (1996), de Candido; As formas do silêncio: no movimento dos sentidos (2007), de Orlandi, entre outros, foram fundamentais para o desenvolvimento da pesquisa. Espera-se com o estudo poder adentrar no labirinto da poesia de Sossélla e vislumbrar os efeitos dessa linguagem prometida, sem esgotar os recursos desse artesão de palavras, empenhado na tarefa de comunicar a difícil arte da poesia, marcada pelo silêncio, pela sombra e pela solidão.

 

 

Palavras-chave: Poesia; Modernidade; Sérgio Rubens Sossélla.