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RESUMO

 

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REPRESENTAÇÕES DA MORTE EM JERUSALÉM,

DE GONÇALO M. TAVARES

 

 

Gabriela Fujimori da Silva

gabriela_fujimori@hotmail.com

 

 

 

Esta dissertação tem como objetivo investigar as representações da morte na obra literária Jerusalém, do escritor português Gonçalo M. Tavares. Levando-se em consideração que a narrativa transcorre em um período de pós-guerra e resgata, como pano de fundo, memórias das atrocidades cometidas, especialmente durante a Segunda Guerra Mundial, a morte é tema constante, tanto no resgate da memória do Holocausto, quanto na conturbada vida individual das personagens. Analisa-se, portanto, o horror diante da morte instaurado, na obra, na tentativa de suicídio, na angústia em previsão da morte e nas lembranças do genocídio. Por meio da colaboração de diferentes áreas do conhecimento à luz da literatura, evidencia-se a abordagem da morte na linguagem plurissignificativa do texto literário. A morte como um assunto de constantes discussões, por caracterizar-se como um evento irremissível e ao mesmo tempo indesejado, e a literatura com sua magnitude e capacidade de tratar de temas universais. Ao representar o ser humano em toda a sua realidade, a literatura não se esquiva de abordar a problemática da morte e amiúde exprime a finitude humana. Todo o trabalho de análise é ancorado, principalmente, em estudos de sociólogos, filósofos e psicanalistas, tais como Edgar Morin (1988), Martin Heidegger (2005), Karl Marx (2006), Freud (2010) e, na teoria literária, especialmente Blanchot (1987), Antonio Candido (1995) e Aguiar e Silva (2005). Espera-se que este estudo possa contribuir com as discussões acerca da complexa abordagem da morte como tema no âmbito literário, nas reflexões individuais de cada leitor que se depara com as questões da finitude humana, assim como colaborar para a fortuna crítica do aclamado escritor contemporâneo Gonçalo M. Tavares.

 

Palavras-chave: representação da morte; Jerusalém; Gonçalo M. Tavares.

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