DEFESAS
RESUMO

 

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A anatomia da felicidade em Cruz e Sousa (1861-1898) – Entre a filosofia de SChopenhauer (1788-1860) e a

poesia de Baudelaire (1821-1867)

 

                        Fernando Klein

fernandoklein@gmail.com

 

O objetivo deste trabalho é mostrar a relação temática entre a poesia do brasileiro João da Cruz e Sousa (1861-1898) com a filosofia do alemão Arthur Schopenhauer (1788-1860) e a poesia do francês Charles Baudelaire (1821-1867). Esta dissertação sugere uma linha imaginária Schopenhauer-Baudelaire-Schopenhauer, que teria influenciado as escolhas poéticas do autor de Desterro, atual Florianópolis. Este percurso proposto também leva em conta questões pessoais do poeta brasileiro, como o sofrimento provocado pela condição de negro, a perseguição de adversários no campo da poesia e, principalmente, a luta pela felicidade, sintetizada, em um primeiro momento, na expectativa de sucesso e reconhecimento do seu talento e, num segundo, pela esperança de redenção após a morte, com a imortalidade de sua obra e a dissolução da matéria. Ao apropriar-se de algumas temáticas de Schopenhauer e Baudelaire, o “Cisne Negro” construiu uma poesia particular, de intenso combate interno, na qual o homem Cruz e Sousa transparece em cada verso, formando uma obra personalíssima no cenário literário brasileiro, servindo como documento histórico, além de reflexão para os dramas humanos e a dificuldade de sucesso para os menos privilegiados.

 

Palavras-chave: Schopenhauer; Cruz e Sousa; Baudelaire.