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RESUMO |
Dissertação completa - Arquivo PDF
O SIGNO RACIAL APROPRIAÇÕES IDEOLÓGICAS. DESCOLONIZANDO O PENSAMENTO E OS MEIOS DE COMUNICAÇÃO EM EVERYBODY HATES CHRIS. Daniele Cristina Benicio dos Santos
RESUMO De maneira sucinta, esta dissertação realiza um estudo teórico em duas linhas de pensamentos: materialismo lacaniano e os estudos culturais com enfoque na teoria pós-colonial. O foco principal levantado e que se buscou demonstrar foi de como o signo racial é apropriado pela indústria do entretenimento, a partir da análise da sitcom Everybody Hates Chris. A pesquisa desse corpus examina a inserção dessa sitcom no contexto dos processos histórico-culturais de seu tempo, analisa o espaço do universo ficcional através da representação do negro e das relações entre alteridade, linguagem e violência. Primeiramente partimos do intercâmbio de dois campos do conhecimento, psicanálise e mídia televisiva relacionada a um assunto que contempla a ambos: o racismo. Optamos por trabalhar o racismo sob a ótica do materialismo lacaniano porque essa corrente utiliza os conceitos do indivíduo para entender o coletivo e, ao mesmo tempo, tenta se afastar do pensamento marxista dialético que explica os fenômenos sociais “apenas” dentro das áreas da economia e da luta de classes. Contamos ainda com as contribuições da critica pós-colonial que narra ficcionalmente a historia dos que vivem à margem da sociedade e criam uma estética a partir do excluído. Por fim, mostramos como a relação entre racismo e psicanálise se torna subjetiva quando os espectadores, em frente à televisão, assistem a um seriado com cenas de depreciação do homem negro. Entendemos que um mocinho negro como protagonista na televisão surte mais efeito para o público do que cinquenta ensaios e romances, considerando o poder de alcance da mídia televisiva, haja vista que ela atinge um número maior, um espaço, uma amplitude e uma coletividade de maneira mais efetiva, realista e convincente.
Palavras Chave: materialismo lacaniano; racismo; Everybody hates Chris.
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