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A MULTIFUNCIONALIDADE DO APOSTO EM TEXTOS JORNALÍSTICOS DE DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA E EM ARTIGOS CIENTÍFICOS

 

Cristina Araújo de Farias

cristinafarias2802@yahoo.com.br

 

O objetivo desta pesquisa é verificar o uso do aposto, como sintagma nominal, e qual sua função nos textos dos gêneros artigo científico e popularização da ciência. Para tanto, foi utilizada a abordagem Funcionalista, que estuda as expressões linguísticas não isoladamente, mas segundo os propósitos que exercem nos textos. Dessa maneira, o aposto é visto com funções textuais discursivas, diferentemente da visão das gramáticas tradicionais, que definem o aposto como um termo acessório, ou seja, dispensável para o entendimento da mensagem. O corpus de pesquisa é constituído por textos dos gêneros artigo científico e popularização da ciência. Os primeiros foram retirados de periódicos das Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ, Universidade de Campinas – Unicamp e Universidade de São Paulo – USP, e os segundos foram retirados dos jornais publicados pelas mesmas instituições. Após a seleção dos textos, foi realizada a análise quantitativa, em que foram destacadas as construções apositivas. Em seguida, o contexto de ocorrência, ou seja, o período em que se encontrava o aposto, foi copiado para a tabela de análise, onde encontravam-se os parâmetros de análise: classificação do fundamental, posição do aposto na oração, pontuação, conectivo que antecede o aposto, relação textual-semântica e relação textual-discursiva. Verificou-se por meio da análise qualitativa que o aposto, sob o enfoque funcionalista, possui funções textuais discursivas, pois é um auxiliar da referenciação, processo em que por meio da reconstrução dos objetos-de-mundo em objetos-de-discurso no ato comunicativo, demonstra que não existe relação direta entre as palavras e as coisas do mundo. No caso do aposto, essa reconstrução atua como uma embalagem que se coloca em um termo, para que a percepção de quem recebe a mensagem seja a mesma de quem a produziu. A estratégia de argumentação está intrinsecamente relacionada à estratégia de referenciação, pois conforme Perelman e Olbrechts-Tyteca (1996), a seleção dos dados já indica a intenção argumentativa, cuja característica é ser tendenciosa. Fazer quem recebe a mensagem a ter o mesmo enfoque de quem produziu a mensagem é uma forma de não permitir entendimento diferente daquele que se pretende ter.

 

Palavras-chave: aposto; multifuncionalidade; Funcionalismo.