DEFESAS
RESUMO

 

 

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AS CIDADES NO MEIO DO CAMINHO DE CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE:

DA VIDA BESTA AO MUNDO GRANDE

 

Cristian Pagoto

crispagoto@hotmail.com

 

O objetivo desse trabalho é analisar a relação entre cidade e modernidade, e também a imagem e o sentido das cidades na poesia de Carlos Drummond de Andrade, levando-se em conta o deslocamento geográfico do poeta: a saída da província e a nova vida na capital. Esse movimento arquetípico da modernidade parece ser fundamental para a compreensão de seus poemas, uma vez que Itabira, a cidade onde nasceu em Minas Gerais, pode ser vista como o lugar onde se encontram as raízes de sua poesia e de sua personalidade. O foco principal da análise é o seu livro inaugural Alguma Poesia (1930), publicado quando ainda residia em Minas, até Boitempo (1968), de característica memorialista e autobiográfica. São também postos em evidência os livros Sentimento do Mundo (1940) e A Rosa do Povo (1945), momento em que o poeta sente-se enraizado no Rio de Janeiro. Procura-se através desse corpus verificar, primeiramente, o olhar provinciano com relação à província e à metrópole, e depois, como é o olhar do poeta memorialista em relação às cidades. Percebe-se que o poeta, mesmo tendo abandonado sua cidade e seu estado natal, está distanciado apenas geograficamente deles, pois sentimental e literariamente Minas o acompanha. Se Itabira, portanto, representa o ponto de saída, parece ser também o ponto de chegada.       

 

Palavras-chave: Modernidade. Cidade. Poesia. Carlos Drummond de Andrade.