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RETÓRICA POÉTICA E EROTISMO NO ÚLTIMO DALTON TREVISAN

Alexandre Gaioto Martins

gaioto.alexandre@gmail.com

Este trabalho se propõe a analisar a retórica poética em parte da obra de Dalton Trevisan, particularmente nas manifestações do tema erótico, procurando entender, pelo influxo maior da poeticidade, a afirmação de uma nova fase criativa do ficcionista curitibano, iniciada com Ah, é? (1994), coletânea considerada por parte da crítica como marca divisória dessa obra devido à presença mais intensa do discurso poético e da variedade de gêneros, como o epigrama, o haicai. Fazem parte dessa nova fase, ainda, 234 (1997), dentro da mesma proposta minimalista de Ah, é?; e a antologia Novos contos eróticos (2013), que reúne os contos de tema eróticos presentes em Capitu sou eu (2003), Rita Ritinha Ritona (2005), Macho não ganha flor (2006), O maníaco do olho verde (2008), Violetas e pavões (2009) e O anão e a ninfeta (2011). Procura-se reconhecer nesta série de textos uma espécie de reorientação discurso-estrutural pela presença ostensiva da poeticidade, para o que são retomados estudos teóricos (gênero poético), de, entre outros, Aguiar e Silva, Massaud Moisés e Alfredo Bosi, além das avaliações de Georges Bataille e Jean Baudrillard sobre o erotismo. Também interessa ao trabalho avaliar a articulação irônica nos contos eróticos com o suporte teórico de, entre outros, Linda Hutcheon. Assim, este trabalho pretende também considerar o duplo funcionamento estilístico (poesia e ironia) da retórica erótica, além da fusão categorial.

Palavras-chave: Dalton Trevisan; erotismo; retórica poética